quinta-feira, 24 de março de 2011

Celíacos católicos não comungam

Estava eu aqui zapeando com o meu controle remoto e parei no canal Canção Nova. Estava começando a missa e resolvi assistir. E aí pensei com meus botões: "Não posso comungar!"
É verdade, os celíacos não podem comungar com a hóstia. E aí eu fui pesquisar. Achei uma matéria muito boa, e com a permissão do site, vou reproduzir alguns trechos aqui.
Para os católicos, a hóstia é o corpo de Cristo, e o vinho, o sangue de Cristo.
Os católicos costumam fazer fila para receber a hóstia no ritual da Eucaristia. Há mais de dois mil anos esse ritual se cumpre na Igreja Católica. 
E os celíacos católicos? 
A hóstia é feita de trigo, que contém glúten.

Pelo Código de Direito Canônico da Igreja Católica, toda hóstia deve conter trigo e todo vinho usado nas missas pelos padres deve ser feito de uva. Em atenção aos celíacos, a Igreja Católica fez circular entre os Presidentes das Conferências Episcopais uma carta, datada de 19 de junho de 1995 e assinada pelo então Cardeal Joseph Ratzinger, hoje Papa Bento XVI, sobre o uso do pão com pouca quantidade de glúten como matéria de Eucaristia. Nessa carta, o Vaticano determina que as hóstias precisam ter uma quantidade mínima de glúten, considerando inválidas aquelas fabricadas sem esse ingrediente. No entanto, “para os celíacos, qualquer quantidade de glúten pode ocasionar danos à saúde. Os sintomas podem variar e os celíacos mais sensíveis podem desenvolver reações mais rapidamente após a ingestão da hóstia”, explica Ângela Pereira de Abreu Diniz, a Presidente da ACELBRA-MG
A opção para os católicos celíacos aparece na própria carta, que afirma ser possível receber somente o vinho ou o mosto (entendido na carta como suco de uva fresco ou conservado sem fermentação, por congelamento ou outro método que não altere sua natureza) para comungar. 
Tanto para comungar com hóstia especial como com suco de uva é preciso apresentar um atestado médico ao pároco da igreja que a pessoa frequenta.
Uma questão levantada pela psicóloga Aline Ribeiro Mayrink Maia, especializada em Psicologia Clínica, é que os celíacos, por vezes, se sentem constrangidos com sua condição. “Algumas pessoas relatam dificuldades de inserção em ambientes de escola, igreja e trabalho em função do peso do rótulo de uma doença crônica pouco conhecida, que requer um comportamento específico de restrições alimentares”, afirma a psicóloga.
Ângela explica que no caso de um celíaco comungar com vinho, deve-se tomar todos os cuidados para que não haja contaminação por traços de glúten no seu cálice (li em algum lugar que os celíacos poderiam levar seu cálice). Conversar sobre o assunto com o pároco da localidade, com antecedência, pode ajudar.
Aceitar a doença nem sempre é fácil. É preciso mudar hábitos alimentares, mas também há adaptações sociais, emocionais, religiosas e culturais a serem feitas”, explica Aline. “A religião é uma cultura enraizada de crenças e valores. Para algumas pessoas, deixar de comungar constitui verdadeiro sofrimento. Acontece aí um impasse entre religião e ciência, uma vez que o tratamento da doença celíaca consiste na dieta totalmente isenta de glúten”.
Uma Alegria Profunda
Comungar sem glúten continua então a ser um desafio para os celíacos católicos, religião da maior parte da população brasileira. “A conduta com relação à comunhão para os celíacos é muito pessoal, portanto, cabendo à família a decisão. Conversar com o médico, que já acompanha o paciente, ajuda a esclarecer melhor as dúvidas”, conclui a  Presidente da ACELBRA-MG.
O depoimento de Maria das Graças dos Santos Rodrigues, entregue a Ângela por escrito em 2007 e autorizado para divulgação, pode confortar e servir de exemplo a muitos celíacos. Maria das Graças é católica e, ao descobrir ser portadora da doença celíaca, sentiu uma profunda tristeza. “Chorei muito e disse ao meu médico que não poderia viver sem Jesus Eucarístico”, conta. Ela então precisou de um atestado médico para comungar com vinho e sua paróquia passou por adaptações. “Meu cálice foi separado para que não houvesse contágio da hóstia com o vinho, e com isso percebi olhares desconfiados e surgiram perguntas dos outros fiéis.” Hoje tudo isso passou e ela celebra, satisfeita, a comunhão com vinho em sua vida. 
Bom, e pra tudo tem um jeito! 
P.S.: Enviei uma pergunta ao Padre Antonio da Matriz São Pedro e São Paulo pra saber a opinião dele. Depois postarei aqui a resposta dele!

[Santo Agostinho]

2 comentários:

  1. Amiga sem gluten, qdo vc fizer uma de suas especiarias favor me convidar para prova las ok!
    rsssss!
    gostei mt de seu Blog!
    principalmente falando sobre os Celíacos!
    espero q Vc possa voltar a comungar q nosso Pe. Antonio entenda VC!
    bjuxxxx Chicão

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